Joseph olhou em volta como se
estivesse muito impressionado com o que via.
— Seu apartamento é lindo.
Meus parabéns.
Ele só podia estar sendo
gentil, é claro. Não que Demi não gostasse do local onde morava. Gostava, sim.
E muito. Mas era evidente que Joseph não devia estar achando a mínima graça
naqueles móveis comprados em lojas de departamentos e pagos em dez prestações.
Na verdade, a ala de empregados de sua mansão devia ostentar maior sofisticação
do que aquilo.
— Obrigada. Sente-se, por
favor. Vou preparar um café. Sentindo-se triste e desanimada, Demi foi para a
cozinha.
Colocou a bolsa em cima da
mesa e foi só aí que percebeu que ainda segurava nas mãos o envelope branco,
agora completamente amassado.
Resolveu abri-lo.
Antes não o tivesse feito,
pois ao ler o convite, ficou sabendo que o casamento iria ser realizado numa
igreja.
Uma nova onda de raiva
explodiu dentro dela. Uma igreja, pelo amor de Deus! Wilmer nunca fora um homem
religioso e vivia rindo de seus amigos que se uniam diante de um padre ou de um
pastor! Que hipócrita! Que canalha! Que... que filho da mãe!
Jogou aquele pedaço inútil de
papel no lixo, os soluços brotando de sua garganta. Dez anos de sua vida perdidos...
Quanto desperdício... E agora, o que ia ser dela? Não sabia dizer. Só tinha
certeza de uma coisa. As emoções que vinha segurando desde o momento que
soubera da triste notícia não podiam ser mais sufocadas.
O
café que fosse para o inferno.
Estava recostada na pia,
chorando toda a sua dor, quando sentiu uma mão encostada em seu ombro. Momentos
depois, Joseph a abraçava com força, oferecendo-lhe todo o conforto que tinha
para dar.
— Vamos, Demi, desabafe, se
isso fizer com que se sinta melhor. Não há ninguém aqui, exceto nós dois.
— Ah, Joseph! — ela soluçou. —
E agora? O que vai ser de mim?
Ele acariciou-lhe os cabelos.
— Você vai superar tudo isso, Demi.
Tenho certeza disso.
— Mas... mas... ele vai se
casar com outra mulher! Não dá para suportar, Joseph. Eu o amo mais do que
minha própria vida!
— Eu sei, Demi. Eu sei...
Um certo ressentimento
misturou-se à sua angústia. Então ele ia voltar a criticá-la por seu amor
incondicional a Wilmer. Mas que homem inconveniente! Por que não lhe dava uma
folga, principalmente naquela hora tão difícil?
Desvencilhou-se de seus braços
e o encarou com olhos cheios de fúria.
— E o que você sabe a respeito
de amor? Você nunca amou ninguém, Joseph Jonas!
Ele a encarou de volta, seus
lindos olhos cor de mel não mais cheios de ternura e compreensão, mas duros e
reprovadores. Joseph jamais a olhara daquela maneira. E o fato de fazê-lo
naquele momento a incomodou mais do que gostaria de admitir.
— Eu... sinto muito. Acho que
fui muito agressiva com você.
— E foi mesmo. — Ele tirou um
lenço de seda do bolso, da mesma cor de sua gravata. — Vamos, enxugue seus
olhos.
Ela fez o que lhe foi mandado,
feliz em poder escapar de sua fúria. Mesmo assim, não podia deixar que o
assunto morresse. Era preciso justificar seu comentário.
— P... pelo menos uma coisa
você tem de admitir, Joseph. Seus namoros nunca duraram mais de uma ou duas
semanas.
Como ele não respondeu, ela o
encarou novamente e ficou aliviada ao vê-lo sorrir, aquele sorriso lindo e
sensual que era sua marca registrada.
— É verdade. E sabe por que
isso acontece? Porque nunca namorei uma garota que realmente me interessasse.
Aquilo fazia sentido.
— Vai ver que isso acontece
por causa do tipo de moças que você escolhe para sair. Vamos encarar os fatos, Joseph.
Elas não chamam exatamente a atenção por seus cérebros privilegiados.
Ele levantou uma sobrancelha.
— É verdade. Mas chamam a
atenção pela beleza de suas pernas.
Demi deu um suspiro
desanimado.
— Joseph, Joseph, você não tem
jeito mesmo. Acho que é um caso perdido!
— Bem, você podia ter pena de
mim e mudar a minha história.
— Como assim?
— Que tal sairmos agora para
jantar e dançar? Assim eu terei uma companhia com pernas e cérebro
privilegiados.
Demi fez uma careta. Nada a
irritava mais na vida do que as brincadeiras de Joseph. Que, aliás, eram muito
frequentes e de mau gosto. Como é que uma garota podia ter pernas
privilegiadas, quando tinha apenas um metro e sessenta de altura?
— Ah, sim, é claro. Jantar e
dançar com você. É pra já. Você manda, Joseph.
Ele pareceu levá-la a sério.
— Ótimo. Quanto tempo você
demora para ficar pronta?
Demi o encarou durante alguns
instantes, depois caiu na risada.
— Ora, Joseph, você só pode
estar brincando.
— Claro que não. Nunca falei
tão sério na vida. — Ela ficou realmente surpresa. Joseph não parecia mesmo estar brincando.
O inesperado convite fez com
que sentisse um friozinho na barriga. Afinal de contas, não nutria secretamente
o sonho de sair uma noite para jantar e dançar com ele?
Mas o convite nunca viera. Nem
uma vez.
Até agora.
Seu bom senso, porém, acabou
falando mais alto.
Acorde,
sua boboca. Joseph só está lhe fazendo esse convite porque está morrendo de
pena de você.
Seu coração ferido foi
atingido de novo, agora de forma ainda mais dura e brutal. Sentia-se não apenas
mal amada e abandonada, mas totalmente não desejada como ser humano e como
mulher. No final da história, se nem Wilmer quisera ficar com ela, por que Joseph
iria ficar? O brilhante, bonito e perfeito Joseph Jonas, sempre cercado pelas
mulheres mais lindas do mundo... Não. Ela não tinha chance nenhuma.
— Esqueça, Joseph. Se está com
vontade de sair com alguém, abra sua agenda e convide uma das suas amiguinhas.
De preferência alguém que tenha seios enormes e cinturinha bem fina.
— Então você está recusando
meu convite.
Era estranho, mas parecia
haver uma certa mágoa na voz dele. Será que ela havia sido muito dura em sua
recusa?
— Olhe, Joseph, você foi um
amor em me convidar, eu realmente agradeço, mas é que eu estou muito cansada
para sair agora. Tive um dia cheio e acabei de receber uma das piores notícias
da minha vida. Acho que vou comer alguma coisa aqui mesmo e ir para a cama
cedo.
— Claro. Eu entendo. Então,
que tal outra noite?
Demi deu um suspiro.
— Joseph, você não precisa
fazer isso.
Ele piscou os olhos.
— Fazer o quê?
— Você sabe a resposta.
— Ah, sei. Você acha que eu a
estou convidando por pena.
— E não está?
— Pelo amor de Deus, Demi, mas
é claro que não! Qualquer homem iria se sentir honrado em levá-la para jantar.
Aliás, se quiser saber minha opinião, Wilmer é um tremendo imbecil por ter
feito o que fez. Outra coisa que eu não entendo é como você conseguiu ficar com
ele tanto tempo. Francamente, o sujeito nunca fez por merecê-la!
Talvez Joseph tivesse mesmo
razão. Ela sempre havia dado muito mais que recebera. Dedicara-lhe um amor que
chegava às raias do absurdo. E em troca...
Em troca ganhara um enorme
chute no traseiro.
De qualquer forma, estivera ao
seu lado durante dez anos, um terço de sua existência. Iria ser muito difícil
esquecê-lo e levar a vida para frente.
— Quando vai ser o casamento?
— Demi perguntou, de súbito.
Joseph pareceu surpreso. O que
será que Demi tinha em mente? Estava bolando algum jeito de fazer o noivo mudar
de idéia e voltar a seus braços?
— Logo. No primeiro sábado de
maio. Daqui a três semanas e meia. Por quê? Espero que não esteja querendo que
ele rompa o noivado e volte para você!
Tal pensamento jamais havia lhe
passado pela cabeça.
Mesmo que ele quisesse voltar
agora, ela jamais o aceitaria novamente. Não de novo. Nunca, nunca mais. Então,
pela primeira vez, desde o nefasto momento em que recebera o convite, sentia
que estava retomando o controle de suas emoções.
Era uma excelente sensação.
— Joseph...
— Sim?
— Você está namorando alguém
no momento? A pergunta o pegou de surpresa.
— Hã... Não. Não tenho nenhuma
namorada firme agora.
— Ah, sim, é claro. Apenas
suas amiguinhas de plantão, sempre prontas a atender todos os seus caprichos.
Mas tenho certeza de que nenhuma delas fará qualquer objeção ao fato de você
levar uma levar uma velha amiga a um casamento.
Ele ficou de queixo caído.
— Você... quer que eu a leve
ao casamento de Wilmer?
— Sim. Você me faria esse favor?
Joseph ainda não acreditava em
seus ouvidos.
— Mas a troco de que você quer
ir a esse casamento, Demi?
— Porque... porque... eu
preciso.
— Não estou entendendo sua
decisão. — Ele passou a mão por entre os cabelos castanhos. — Não estou
entendendo mesmo.
Ela deu um sorriso cheio de
tristeza.
— Minha mãe morreu de câncer
quando eu tinha treze anos de idade. Eu já lhe falei a esse respeito?
Ele franziu a testa.
— Não... não. Eu não sabia
disso. Quero dizer, sabia que ela tinha morrido, mas não como, nem quando. De
qualquer modo, o que isso tem a ver com o casamento de Wilmer?
Demi respirou fundo.
— No dia em que ela morreu,
alguém me perguntou se eu queria vê-la antes do funeral, para lhe dar um último
adeus. Eu não tive permissão para visitá-la no hospital durante a última
semana. Meu pai dizia que eu não devia ir, porque ela estava em coma e não ia
me reconhecer. Bem, de qualquer modo, eu acabei não querendo vê-la. Disse a mim
mesma que era porque eu queria
me lembrar dela bem e com saúde, mas a verdade era que eu tinha muito medo.
Medo daquilo que eu poderia ver. Medo da morte. E me arrependi amargamente da
decisão tomada. Eu... eu...
Sua voz falhou e, antes que se
desse conta do que estava acontecendo, Joseph a abraçava e ela voltava a chorar
em seu ombro.
— Ah, Demi... Não chore, por
favor. Você era apenas uma criança na época. Acho que a decisão de não ter ido
vê-la, foi a melhor coisa que pôde fazer por você. É preferível que se lembre
dela bem e com saúde, como você mesma disse.
Ela se afastou dele.
— Não, Joseph, você não está
entendendo. O fato de eu ter ido vê-la faria com que sua morte parecesse real.
Durante os anos que se seguiram, eu quase não acreditava no que tinha
acontecido. Achava que ela estava viajando e que fosse voltar a qualquer momento.
Impaciente, Demi fez uma pausa
para respirar e continuou:
— O casamento de Wilmer também
representa uma espécie de morte para mim. Eu preciso estar lá, preciso observar
a cerimônia, saber que tudo aquilo é real, ver com meus próprios olhos que tipo
de homem ele é de verdade. Daí então eu vou poder seguir minha vida sem ele.
Joseph não disse nada durante
muito tempo, limitando-se a secar, com carinho, as lágrimas que escorriam pelo
rosto delicado de Demi.
Quando, finalmente, ela
pareceu um pouco mais calma, ele lhe sorriu.
— Nesse caso, eu teria um
imenso prazer em levá-la. Mas com duas condições.
— Pode dizer.
— Não confirme sua presença.
Você irá como minha acompanhante.
Demi arregalou os olhos ao
imaginar o choque de Wilmer ao vê-la ali, em seu próprio casamento, ao lado de Joseph.
— Tudo bem. E a segunda
condição?
Os olhos dele brilharam.
— Quero que você use algo bem
sensual, de tirar o fôlego...
Continua...
Espero que tenham gosta gostado rs kisses
Hey estou amando a história, amo milionarios ou o Joe como milionario, vi que a Karoline divulgou seu blog e decidir ler e realmente estou gostando da história, posta logo :)
ResponderExcluirAwn que bom que esta gostando da historia :)
ExcluirRealmente a história esta P.E.R.F.E.I.T.A,
ResponderExcluirPOSTA LOGO POSTA LOGO POSA LOGO POSTA LOGO
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kkkkkk obg amor , ainda bem q esta gostando ;) daqui a pouco to postando
ExcluirEstamos esperando ansiosos um HOT'
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKK
A história esta se saindo muito IMPRESSIONANTE
to amando..
awn obg amor, postando daqui a pouco
ExcluirEstamos ansiosos esperando um HOT'
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A história ta IMPRESSIONANTE!
Gostei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito;')