— Você não fez isso! Demi deu
um suspiro.
— Fiz, sim.
— Não pode ser!
Era uma tarde de
segunda-feira. Demi ligara para Miley e implorava para que a amiga fosse
almoçar com ela. Precisava conversar com uma pessoa sensata e responsável, alguém
que a ajudasse a manter os pés firmes sobre o chão, uma tarefa um pouco difícil
de se realizar quando se estava namorando Joseph Jonas. Agora, as duas comiam
sanduíches num café com mesinhas na calçada junto ao centro da cidade.
Miley tinha os olhos
esbugalhados.
— Eu bem que lhe disse que o
lobo mal ia seduzi-la e levá-la para a cama!
Demi engoliu em seco.
— E... ele não me seduziu.
— Não?
— Não. Fui eu que pedi para
que ele ficasse comigo.
— Meu Deus! Você não fez isso!
— Fiz, sim.
— Eu não acredito em uma só
palavra do que está me dizendo. Não acredito mesmo. Você não costuma fazer
isso. Aposto que só está tentando protegê-lo!
Demi tomou um gole de seu
suco. Estava com a garganta seca.
— Bem, eu diria que estava um
pouco tonta naquele momento... Excesso de vinho, você entende.
— O que eu entendo é que você
devia estar bêbada até dizer chega e aquele playboy irresponsável tirou
vantagem da situação!
— Não, Miley. Não foi nada
disso. Joseph já estava na porta indo embora, quando eu... quando eu o chamei e
pedi para que ele ficasse.
Miley Cyrus caiu na risada.
— Ora, Demi, isso é o que ele quer que você pense. Esse playboy sem
coração deve ter planejado tudo desde o princípio. Afinal, não foi ele mesmo
que lhe pediu para usar um vestido bem sexy no casamento de Wilmer?
Demi passou a mão nos cabelos.
— Eu não sei mais o que
pensar, Miley. Sinceramente, não sei mesmo. Estou tão confusa... Só tenho
certeza de uma coisa. Quando acordei no domingo de manhã, achei que fosse
morrer de tanta vergonha. Meu Deus, se você soubesse as coisas que eu deixei
que ele fizesse comigo... E o que eu fiz nele, então?! Você nem pode imaginar.
Os olhos de Miley ficaram mais
esbugalhados ainda.
— Vamos, me conte. Quero saber
dos detalhes. De todos eles! — falou, curiosa.
Demi recostou-se na cadeira.
— Não posso. Não tenho
coragem.
— Claro que tem. Já se
esqueceu de que sou sua melhor amiga? Vamos, trate de abrir logo a boca, que
estou morrendo de curiosidade.
E Demi contou. Tudo. Ao
terminar, Miley estava muda. Foi preciso um copo de suco de laranja com
bastante açúcar para que ela se acalmasse um pouco.
— Meu Deus do Céu, esse homem
é um verdadeiro tigre na cama — foi seu comentário, quando conseguiu articular
algumas palavras.
— Tigre? Ponha tigre nisso,
minha amiga. Quando ele encosta a mão em mim, eu paro de raciocinar. É como se
outra pessoa se apoderasse do meu corpo e me fizesse sentir coisas incríveis.
Às vezes, eu tenho vontade de comê-lo vivo ou de enterrá-lo tão fundo no meu
corpo, até que nós dois pudéssemos nos transformar em uma só pessoa!
Miley parecia realmente
preocupada.
— Hum... Não estou gostando
nada disso, Demi. Você se apaixonou pelo miserável, não é?
— Não — ela respondeu, com voz
não muito convincente.
— Não, acho que não. É que eu
estou... um pouco assustada só isso. Afinal de contas, não é todo dia que
passamos horas e mais horas na cama, fazendo amor com um homem que sabe das
coisas e que tem o equipamento adequado para realizá-las. Miley levantou uma
sobrancelha.
— É mesmo? Você não tinha
feito nenhuma menção a essa... parte dele. Vamos, me conte tudo!
Demi caiu na risada.
— Vamos dizer que finalmente
percebi a troco de que todos os homens do mundo se sentem tão inferiores a
Joseph. E o negócio não tem nada a ver com o dinheiro dele!
Miley apanhou o guardanapo e
começou a se abanar.
— Esse tal de Joseph Jonas
está me parecendo bom demais para ser de carne e osso...
Demi franziu a testa.
— Você não está sendo de muita
ajuda. Eu pensei que fosse me dizer para parar de bancar a idiota e nunca mais
tornar a vê-lo!
— Bem, eu diria isso, se fosse
me ouvir. Mas nós duas estamos cansadas de saber que você vai continuar a sair
com esse sujeito, até o momento em que ele se cansar e lhe der o fora. E também
estamos cansadas de saber que você vai sair machucada dessa história, até mais
machucada do que ficou por causa de Wilmer. Isso porque Joseph Jonas não é um
homem que se possa esquecer com facilidade. E por falar nisso, como você está
se sentindo a respeito de Wilmer agora?
Demi franziu a testa.
— Wilmer? Quem é Wilmer?
— Meu Deus! As coisas estão piores do que havia imaginado! Miley
sorriu.
— Ora, Miley, eu só estava
brincando. Ninguém esquece dez anos da vida assim com tanta facilidade. De
qualquer forma, tenho certeza de que ele já faz parte do meu passado. E uma página
virada da minha vida.
— Espero que sim. Mas, se não
estou enganada, você já me disse isso uma ou duas vezes. Até três, se não me
falha a memória.
— Dessa vez, estou falando com
toda sinceridade.
Miley chamou a garçonete e lhe
pediu mais um copo de suco de laranja.
— Mas pode ser que você esteja
falando isso agora. O que será que aconteceria se um dia Wilmer aparecesse à
sua porta dizendo que sua mulher era uma megera e implorando para voltar?
— Sabe de uma coisa? Joseph me
fez a mesma pergunta. E eu vou lhe responder o que disse a ele. Que o mandaria
embora sem nem ao menos pestanejar!
— Tem certeza de que faria
isso mesmo?
— Minha amiga, depois de ter
conhecido Joseph Jonas do jeito como conheci, você acha que dá para ver alguma
graça em homens como Wilmer?
O suco de Miley chegou e ela
tomou um gole bem grande.
— Bem, você passou com Joseph
a noite toda de sábado. Posso saber o que fez no domingo?
Demi deu um sorriso. Ambos não
haviam saído da cama durante o dia inteiro. Na segunda-feira de manhã, Joseph
reclamara que não conseguia andar e que estava inutilizado para o trabalho.
— Você acabou comigo — ele lhe
dissera.
Agora, Demi recostava-se na
cadeira e olhava para a amiga.
— Adivinha!
— Não! Você não fez isso! —
Miley exclamou de novo.
— Bem, fizemos sim. Mas não o
tempo todo, é claro. Numa hora, nós levantamos para comer alguma coisa. Ah, e
depois passamos uns dez minutos conversando.
— Ah, é? E posso saber sobre o
que conversaram? Posições do Kama
Sutra, talvez?
— Não. Ele quis saber coisas a
respeito da minha família. E eu lhe contei tudo.
— Ah, mas é claro. Muito
inteligente da parte dele. Quem não gosta de um homem que nos estimula a
falarmos sobre nós mesmas?
Demi levantou uma sobrancelha.
— Então você acha que Joseph
não está sendo sincero comigo.
— Olhe, Demi, não é uma
questão de sinceridade. Joseph, como todos os playboys do mundo, só está
jogando de acordo com suas próprias regras. Conquista a garota, a leva para a
cama e, quando se cansar dela, descarta-a como se ela fosse uma roupa velha e
parte em busca de novas aventuras. Bem, quando foi que vocês ficaram de se ver
de novo?
Demi lembrou-se da despedida
naquela manhã. Joseph lhe dissera que estava cheio de trabalho durante a semana
inteira e só estaria livre para vê-la sexta-feira à noite. Será que era
verdade? Ou apenas um preparo para o adeus final? Será que o namoro já estava
prestes a acabar? Meu Deus, e ele ainda não tinha nem bem começado...
Sentiu uma dor forte no peito,
como se tivesse levado uma facada.
Miley percebeu que havia algo
de errado com a amiga.
— Demi? Você está se sentindo
bem? Aconteceu alguma coisa? Ela encarou a amiga com olhos cheios de tristeza.
— Não. Está tudo bem.
Mas Miley não era boba. Demi
era transparente como água e não sabia mentir. Era evidente que estava se
apaixonando por Joseph Jonas. E era evidente também que iria acabar se dando
muito mal. Mas o que ela própria podia fazer, senão ajudá-la a colar os pedaços
de seu coração, quando ele lhe desse o fora?
— Tem certeza?
Ela deu um sorriso triste.
— Tenho. Não se preocupe.
Claro. Tanta certeza quanto
dois mais dois eram cinco.
Demi voltou a escritório cheia
de desânimo. Sentia-se incapaz de se concentrar no trabalho, embora aquilo
fosse uma necessidade. A campanha para um novo cliente estava a todo o vapor e
ela não podia nem pensar em atrasar o andamento do projeto.
— Como estão as coisas, Demi?
Ela quase deu um pulo da
cadeira ao ver seu chefe ali, de pé à sua frente, encarando-a de uma forma meio
estranha.
— Hã... Está tudo bem, Harry.
Mas aquele homem não costumava
ser enganado com muita facilidade, era arguto por demais, afinal não fora à toa
que conquistara sua reputação profissional.
Harry Wilde era uma pessoa
difícil e exigente, um trabalhador perfeccionista e incansável, guiado por uma
porção de demônios que só ele devia conhecer. Ninguém sabia de muitos detalhes
a respeito de sua vida pessoal, a não ser o que se comentava na imprensa.
Até meados dos anos oitenta,
havia trabalhado como diretor de criação numa agência de publicidade de médio
porte na cidade de Sidnei. Então, pedira demissão e abrira seu próprio negócio
na garagem de sua casa. Sua única funcionária havia sido uma secretária
eletrônica.
A princípio, a concorrência
não havia lhe dado à mínima importância. Não tardaram, porém, a perceber que o
haviam subestimado.
Cinco anos depois ele estava
multimilionário, dirigindo uma das maiores agências de publicidade do país.
Empregava centenas de pessoas, pagava-lhes generosos salários e exigia
dedicação e eficiência em troca.
— Está tudo bem mesmo, Demi?
Não dava para enganar o astuto
Harry. Ninguém jamais conseguira tamanha proeza.
— Eu... quero dizer... acho
que não estou conseguindo me concentrar direito no trabalho hoje.
— Será que eu posso ajudá-la
em alguma coisa?
Aquilo não deixava de ser
irônico. Harry, ajudando-a em seus problemas com Joseph? Uma grande piada! Os
dois eram farinha do mesmo saco. Playboys milionários, totalmente voltados aos
prazeres da carne! Não adiantava pedir conselhos a seu chefe. Ele iria lhe
dizer para aproveitar o momento, divertir-se bastante, então ter inteligência
suficiente para cair fora, antes que Joseph o fizesse.
— Não, obrigada, Harry. E que... fui ao
casamento de um amigo no sábado e acho que exagerei na bebida. Mas prometo
voltar a ser Demi de sempre amanhã de manhã, está bem?
Festas e ressacas eram algo
que Harry Wilde compreendia muito bem.
— Combinado. Mas trate de não
fazer nenhuma extravagância no próximo fim de semana, porque pretendo marcar
uma reunião com meus funcionários mais importantes na segunda-feira de manhã. E
a quero bem sóbria, está bem?
— V... vou estar. Pode ficar
tranquilo.
— Ótimo. Se quiser falar
comigo, estou na minha sala. Até mais, querida.
Demi observou-o se afastar. O
fato de ele a chamar de querida era algo comum, que não tinha nenhum
significado especial. Outras funcionárias recebiam o mesmo tratamento.
Foi o que começou a
aborrecê-la. Joseph passara o tempo todo a tratando de doçura, meu amor e meu
bem. Ficara feliz com tamanha demonstração de carinho. Agora, porém,
compreendia que tais palavras podiam significar a mesma coisa que o
"querida" de Harry Wilde.
Playboys! Bah! Eram todos
iguais!
Quantas outras mulheres Joseph
tratava daquele modo? Dezenas? Centenas? Um desânimo profundo tomou conta do
seu ser no momento em que o telefone tocou.
— Alô? — ela atendeu, a voz
carregada de irritação.
— Será que estou chamando numa
hora imprópria?
Era Joseph. Joseph Jonas, o
playboy da voz sedutora e do corpo irresistível.
Demi segurou o fone com mais
força.
— Bem, eu diria que depende.
— Depende do quê?
— Do motivo pelo qual me
ligou.
Talvez nem tivesse mais de se
preocupar com aquele homem. Era provável que tal chamado fosse apenas a
despedida final.
Sinto
muito, querida, mas acho melhor deixarmos as coisas como estão. Não temos nada
em comum, não é mesmo? Além disso, pertencemos a mundos tão diferentes...
Bem que sua amiga Miley tinha
razão. Joseph tinha se aproveitado de sua fragilidade e agora estava prestes a
descartá-la como se ela fosse um traste inútil. Maldito!
— Eu liguei a respeito de
sexta-feira — respondeu ele, interrompendo-lhe os pensamentos. — Lembra-se de
que ficamos de nos encontrar?
Ela ficou tensa.
— Lembro, sim.
— Eu tinha me esquecido
completamente da festa dos meus pais. Eles estão completando quarenta anos de
casados e vão oferecer um jantar lá em casa.
Que desculpa esfarrapada!
Demi sentiu vontade de gritar
de tanta frustração.
— Sim, e daí? — Demi
perguntou, cheia de agressividade.
— E daí que eu achei que devia
avisá-la com antecedência, para que você possa providenciar o que vestir. Minha
mãe vai estar arrasando, pelo que ouvi falar. E Cléo também. O vestido do
casamento de Wilmer é perfeito para a ocasião, mas não sei se vai querer usá-lo
de novo, porque Cléo já o viu com ele.
Vocês, mulheres, costumam se
incomodar com esse tipo de coisa, não é?
A alegria que Demi sentiu ao
ser convidada para aquele tipo de festa desapareceu diante da necessidade de
ter de gastar outra fortuna numa roupa capaz de competir com os modelos
milionários que lotavam os armários da mãe e da irmã de Joseph. Já tinha
gastado mais do que podia no vestido que usara no casamento de Wilmer e não
estava com a mínima vontade de ter outra despesa extra.
— Talvez seja melhor você ir
sozinho, Joseph. — Ainda havia uma certa agressividade em sua voz. — Quero
dizer, Cléo não vai ficar nem um pouco satisfeita com minha presença na casa de
seus pais. É provável que sua mãe também não fique. Olhe, você pode me chamar
de orgulhosa, ou seja lá o que for, mas só costumo comparecer onde sou
bem-vinda.
Fez-se um pesado instante de
silêncio do outro lado da linha.
— Joseph?
— Vou lhe repetir mais uma
vez, Demi. Estou pouco ligando para o que Cléo pense ou deixe de pensar. Agora,
quanto à minha mãe, devo dizer que está completamente enganada. Ela era uma
garota comum, de classe média, quando se casou com meu pai. Tenho certeza de
que não vai torcer o nariz quando você chegar. Posso lhe prometer isso.
Claro, a mãe de Joseph podia
ter sido uma moça comum, mas seu casamento com um milionário há quarenta anos
certamente a transformara de um modo ou de outro.
Na verdade, Demi nunca havia
falado com ela. Fora somente apresentada muito rapidamente na cerimônia de
formatura da universidade e a vira de longe uma ou duas vezes, nas festas de Joseph.
Morena, bonita e muito bem
conservada para seus sessenta e tantos anos de idade, a sra. Jonas possuía
aquele glamour que apenas muito dinheiro poderia proporcionar. Demi tinha
certeza de que seus dias e hábitos de moça de classe média haviam terminado
décadas atrás, sendo substituídos pelo sofisticado estilo que separava os
integrantes da alta sociedade de Sidnei, do resto dos mortais.
— Pode ser — respondeu ela,
por fim. — Mas não estou com a mínima vontade de gastar outro mês de salário
num vestido que só vou usar uma vez. Ao contrário do pessoal de sua família e
de seus amigos, eu tenho de trabalhar para comer! Joseph deu um suspiro cheio
de desânimo.
— Escute uma coisa, Demi, você
vai à festa comigo, nem que eu tenha de lhe dar este vestido de presente!
— Ah, você não vai me dar
nada, não senhor. Por acaso pensa que pode comprar todo o mundo com seu
dinheiro? Não, Joseph. Eu não estou à venda!
— Estou cansado de saber
disso. Ora, Demi, eu não tenho a mínima intenção de comprar ninguém. A única
coisa que quero é sua companhia na festa de meus pais na sexta-feira à noite.
Droga, já vai ser muito duro ter de esperar tanto tempo para vê-la. Você não
acha que eu conseguiria aguentar até sábado, acha?
Então ele realmente estava a
fim de vê-la de novo. A hora da despedida não tinha chegado.
Ainda não.
Mas acabaria chegando, é
claro. Enquanto isso, que tratasse de aproveitar os momentos passados a seu
lado da melhor maneira possível.
— Eu... acho que também não
conseguiria esperar tanto tempo — confessou ela, sentindo, de repente, seu
coração pulsar mais leve e feliz.
— Então você aceita meu
convite?
— Aceito. A que horas você
passa em casa para me buscar?
— Às oito e meia. Está bom
para você?
— Está ótimo. O que você acha
que eu devo usar?
— Qualquer coisa, desde que
seja bem sexy!
Demi olhou para o próprio
reflexo no espelho... e quase soltou um grito.
Ali, encarando-a de volta,
havia uma estranha. Uma estranha sexy e sedutora, que ela mal reconheceu.
Na segunda-feira à tarde,
depois do trabalho, percorrera várias lojas e shopping centers da cidade, à
procura do vestido para a festa dos pais de Joseph. Não tivera sucesso. Nenhum
modelo havia lhe agradado. Tampouco os preços exorbitantes.
A terça-feira fora igualmente
improdutiva. Só na quarta o problema se resolvera. Uma loja de roupas usadas
nas proximidades de seu escritório lhe trouxera a salvação. Havia entrado lá
sem muitas esperanças, apenas para dar uma olhada. Imediatamente, avistara um
vestido preto numa vitrine e compreendera que havia achado o que estivera
procurando o tempo todo. Um legítimo Valentino... por um décimo do preço.
Com a economia feita pela
ótima compra, ela pudera marcar uma hora no melhor e mais sofisticado salão de
beleza da cidade. Naquele momento, olhando-se no espelho, Demi mal acreditava
no que via. Com os cabelos presos no alto da cabeça e uma linda maquiagem,
parecia uma atriz recém-saída de um filme erótico. O vestido tomara-que-caia
deixava seus ombros à mostra e realçava suas curvas bem-feitas como se o famoso
costureiro o tivesse desenhado pessoalmente para ela. Demi nunca se sentira tão
bonita na vida.
A campainha tocou,
arrancando-a de seus devaneios. Olhou para o relógio digital em cima da
mesinha-de-cabeceira. Dez para as oito. Joseph ficara de ir buscá-la às oito e
meia. Tinha chegado cedo. Isso é, se fosse ele mesmo.
De súbito, Demi foi tomada
pelo estranho pressentimento de que pudesse ser Wilmer. Não. Aquilo era um
completo absurdo. Seu ex-noivo ainda devia estar em lua-de-mel.
De qualquer modo, um certo
nervosismo a acompanhou até a porta da frente. Antes de girar a maçaneta,
resolveu perguntar:
— Quem é?
— Um homem morto de saudade.
Demi não conseguiu reprimir um
suspiro de alívio. A voz de Joseph era inconfundível. Abriu a porta... e quase
caiu para trás. Ele estava tão bonito naquele terno azul-marinho, que ela
sentiu um nó na garganta. Como alguém nesse mundo conseguia ser tão bonito
daquele jeito? Não era justo!
Mal sabia ela que Joseph
estava pensando exatamente a mesma coisa. Havia conhecido e namorado centenas
de garotas através dos anos. Mas será que alguma delas chegaria aos pés daquela
verdadeira deusa à sua frente?
— Demi, como você está
linda... — Ele entrou e fechou a porta. — Olhe, ainda nem são oito horas. Será
que você consideraria a possibilidade de... de... irmos para a cama antes da
festa? Acho que não vou conseguir esperar até o final da noite. Por favor, diga
que sim!
Demi não havia apenas
considerado a mesma possibilidade, como também estava seriamente tentada a
aceitá-la.
O orgulho, porém, falou mais
alto. O orgulho... além do velho hábito de nunca concordar com Joseph de
primeira. Era fácil fazer aquilo desde que, é claro, não estivesse em seus
braços.
— E arruinar meus cabelos e
minha maquiagem? Negativo! Gastei mais de cem dólares no salão de beleza! Isso
sem falar no vestido!
Joseph olhou-a de cima a
baixo.
— E por falar em vestido, você
escolheu algo deslumbrante! Aposto que deve ter gastado uma fortuna!
— Não. Comprei-o numa loja de
roupas usadas e paguei um décimo do preço. Por isso, meu caro Joseph, se está
pensando que eu gastei um mês de salário só para impressionar os Jonas, pensou
errado!
— Eu jamais pensaria uma coisa
dessas. — Ele olhou para o relógio. — Bem, vamos indo?
— Vamos. Espere um minutinho
que vou apanhar minha bolsa.
— Então aproveite e apanhe uma
roupa para amanhã de manhã. Você gostaria de passar a noite comigo? É que
pretendo tomar vinho no jantar e não tenho o hábito de dirigir depois de
beber... Acho perigoso.
A idéia lhe pareceu brilhante.
Demi sabia que Joseph ocupava um apartamento numa ala independente da mansão de
seus pais e o fato de dormir ali era simplesmente magnífico.
— Claro. — Ela sorriu. — Vou
apanhar uma camisola também! Ele franziu a testa.
— Camisola? Para quê? Garanto
que não vai precisar dela. Aliás, estou louco de vontade que esse jantar acabe
logo, para que eu possa desfrutar da sobremesa.
— Sobremesa?
— Sim. Uma linda morena, de
corpo espetacular, que tem me tirado noites de sono...
Ela sentiu um friozinho na
barriga.
— Pare com isso, Joseph. Se
você continuar a falar desse jeito, acho que nem iremos ao jantar.
— Ah, bem que eu tinha
imaginado. Você está com tanta vontade quanto eu. Olhe, ainda temos alguns
minutos. Eu prometo que não vou estragar seus cabelos, nem a maquiagem. Você
não vai nem precisar tirar os sapatos!
Demi não levou dois segundos
para decidir.
— Feito!
Continua...
amores, ja estou vendo a nova historia, eu li um livro e amei entao estou adaptando, ela é bem quente mesmo, muito hot....e ai querem ???
posta mais um hj?????
ResponderExcluirhj eu posto ta amor ;)
Excluirquero mais ...
ResponderExcluirhj vc vai ter mais amor ;)
Excluiressa hist já tá acabando!!!??? faz maratona?please?
ResponderExcluirsim já está acabando ;/
Excluirisso !!!! MARATONA!!!! diz q sim pfvr
ResponderExcluirnão dá pra fazer maratona, já esta acabando ;/
Excluirqueremos maratona !
ResponderExcluirnão da pra fazer maratona amore
Excluirposta logo!
ResponderExcluirhoje eu posto ta ;)
Excluiramando sua fic
ResponderExcluirawn obg ;)
Excluirposta mais hj ?
ResponderExcluirhj eu posto ;)
Excluir+ 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
ResponderExcluirhj eu postoooooooo kkkkk
Excluirdefinitivamente uma das melhores historias q já li ....parabens
ResponderExcluirAwn obg ;)
Excluirapoio total a maratona ...sem duvidas sua fic é otima .....ñ canso de ler ...
ResponderExcluiraaaaah não posso fazer maratona pq a fica já esta acabando ;)
ExcluirMaratona !
ResponderExcluirah não dá rs
Excluirsim maratona
ResponderExcluirMARATONA MARATONA MARATONA MARATONA
ResponderExcluirnão tem como amor kk
ExcluirM aravilhosa
ResponderExcluirA arrasadora
R eal
A lucinante
T ensa
O timo
N otavel
A mavel
Kkkkkk obg, hj eu posto
Excluirposta logo
ResponderExcluirHj eu posto
Excluirtb quero maratona
ResponderExcluirnos deixe feliz com mais um cap hj bjs
ResponderExcluirhj eu posto ;)
ExcluirPooooosta! Nos deixe mais felizes
ResponderExcluirhojeee eu postooo ;)
ExcluirPosta mais um hoje por favor
ResponderExcluirhj eu posto ;)
ExcluirO capitulo ta perfeito como se sempre
ResponderExcluirFAZ MARATONA
awn obg !!!!!
ExcluirPosta ta mais hoje
ResponderExcluirNao tem como fazer maratona amor ;/
ExcluirHj eu posto ta amor ;)
ResponderExcluir