terça-feira, 19 de novembro de 2013

CAPÍTULO IV + divulgação

 O riso desapareceu dos lábios de Demi no momento em que Joseph estacionou a Ferrari em frente ao local da cerimônia. Foi como se a realidade do que estava acontecendo finalmente a tivesse atingido, deixando-a insegura e cheia de medos. Wilmer, o seu Wilmer, o homem que fora seu companheiro durante dez anos, ia se casar. Com outra mulher. Uma linda milionária, na verdade. Seria possível? Pressentindo alguma coisa, Joseph virou-se para ela, um pouco preocupado.
— Demi? Você está se sentindo bem?
Não. É claro que não estava. E duvidava que fosse estar um dia.
— Estou. Não se preocupe comigo.
A noiva estava atrasada, mas todos os convidados já tinham entrado na igreja e ocupado seus lugares. Demi aceitou o braço que Joseph lhe oferecia e juntos foram à procura de um banco vago onde pudessem acomodar-se. Não parecia haver muitos disponíveis. Finalmente, encontraram um lugar próximo ao altar. Demi teria preferido um banco mais afastado, mas não havia nada que pudesse fazer a respeito.
Agora que estava ali, prestes a testemunhar o pior acontecimento de sua vida, ela amaldiçoou o momento em que resolvera ir àquele casamento. Por que não ficara em casa? Agora, porém, já era muito tarde para aquele tipo de arrependimento.
Uma música suave começou a tocar e o padre saiu da sacristia, seguido por Wilmer e dois padrinhos. Demi olhou para o homem que havia amado durante todos aqueles anos e tentou vê-lo de modo objetivo, pelo menos uma vez na vida, sem ser iludida e enganada por velhos desejos e necessidades.
Bem, até que ele era bonitão, ela precisava admitir. E tinha um corpo que não era de se jogar fora. Ao contrário. Seus braços eram fortes e musculosos. Quantas e quantas vezes eles estavam juntos no chuveiro, aí ele a segurava e...
Pare com isso, ela ordenou a si mesma. Torturar-se desse jeito não vai levá-la a lugar nenhum.
Talvez percebendo que alguém o observava, Wilmer olhou em sua direção... e seus olhos se encontraram. Ele pareceu surpreso ao vê-la e mais surpreso ainda quando viu quem segurava lhe o braço.
Mas então o órgão começou a tocar a Marcha Nupcial e Wilmer voltou os olhos à nave central da igreja, onde a noiva envolta num sonho de rendas brancas e de pérolas parecia flutuar em sua direção. Imediatamente, sorriu para ela, um daqueles sorrisos que conseguiam fazer com que a alma de Demi se derretesse por completo.
Só que ele nunca mais iria lhe sorrir daquele jeito. Nunca mais.
Segurou o braço de Joseph com mais força. Será que iria aguentar o que estava para acontecer? Ouvir Wilmer, o seu Wilmer, prometer amor eterno à outra mulher?
Oh, Deus...
— Se você quiser, podemos ir embora — Joseph cochichou em seu ouvido.
Ela bem que ficou tentada. Mas era impossível. Estava sentada num dos primeiros bancos da igreja e todo mundo iria reparar em sua fuga.
— Não, obrigada. Vamos ficar.
Estranhamente, as coisas melhoraram um pouco depois que a cerimônia começou. Era como se tudo aquilo não fosse com ela, como se estivesse apenas assistindo a um filme na televisão. Não piscou nem no momento em que Wilmer beijou a noiva. Então, o casal deixou a igreja e foi receber os cumprimentos dos amigos lá fora.
— Vamos indo? — sugeriu Joseph.
— Vamos.
Foi só no momento em que deu o primeiro passo, que Demi percebeu que suas pernas estavam bambas. Na verdade, pareciam ter se transformado em gelatina. O braço forte de Joseph em sua cintura acabou salvando a situação.
— Muito obrigada — ela murmurou, sentindo que o mundo girava à sua volta. A sensação, no entanto, não era de todo desagradável. — Eu nunca vou me esquecer disso. Você é um amigo e tanto. Especial, mesmo.
Ele limitou-se a sorrir e a conduziu para fora da igreja. Felizmente, os noivos estavam cercados por dezenas de convidados. Demi ainda não se sentia pronta para o tão temido confronto.
— Oi, Joseph.
A voz feminina vinda lá de trás fez com que Demi se virasse e desse de cara com Cléo, a caçula da família Jonas, muito bonita e elegante num vestido cinza que devia ter custado uma verdadeira fortuna. Ambas já haviam se encontrado uma porção de vezes, na casa de Joseph, ao longo de todos aqueles anos. Estranhamente, Demi sempre tivera a impressão de que Cléo não gostava dela. O porquê daquilo, não fazia a mínima idéia.
— Oi, querida irmãzinha — respondeu ele. — Estou surpreso em vê-la aqui. Não sabia que era assim tão amiga do velho Wilmer.
— Eu sou uma das convidadas da noiva — ela explicou, a voz um tanto fria. — Danni e eu fomos colegas de colégio. — A moça então virou se para Demi. — Oi, tudo bem? Engraçado, mas eu realmente jamais esperei encontrá-la aqui. Foi você quem a trouxe, Joseph?
Demi não gostou de tal comentário. Nem Joseph, pelo estranho brilho que viu surgir em seus olhos.
— Algum motivo pelo qual eu não devesse fazê-lo, Cléo?
— Duvido que Danni fique satisfeita ao ver a ex de Wilmer em seu próprio casamento.
— Não seja ridícula. Demi foi convidada. Ela e Wilmer terminaram tudo há meses.
Foi tudo tão rápido, que Demi nem se deu conta do que tinha realmente acontecido. Num momento estava ali, conversando com Joseph e sua irmã. No momento seguinte, estava olhando para o ex-noivo, que fora se juntar ao trio.
— Ora, ora, olhem só quem está aqui! Meus dois melhores amigos da faculdade! Que bom que vieram assistir ao meu enforcamento! — Ele caiu na risada e virou-se para Demi. — E eu aqui achando que você tinha me esquecido, garota travessa! Nem me mandou um cartãozinho confirmando sua presença! Eu não fazia idéia de que você viria com Joseph.
Olhou-a de maneira apreciativa e falou:
— Mas você está tão linda hoje, que acho que vou perdoá-la. Agora, quanto a você, Joseph, não pretendo ser assim tão generoso. Eu o convidei para minha festa de despedida de solteiro e você nem apareceu! Modéstia à parte, foi uma festança! Espero sinceramente que o motivo da sua ausência tenha valido a pena.
Demi ficou surpresa com a súbita informação. Joseph não tinha lhe dito nada a respeito da despedida de solteiro do ex-noivo.
— Pode apostar que valeu... — Joseph deu um sorriso. — Eu já tinha confirmado com Demi que ia levá-la para jantar e dançar num lugar bem badalado. Foi um programa e tanto, pode acreditar!
Agora, quem pareceu surpresa de verdade foi Cléo Jonas. Virou-se para o irmão, claramente insatisfeita.
— Então quer dizer que você e Demi estão mesmo namorando?
— Estamos — foi a resposta rápida de Joseph. — Algum problema?
Demi percebeu que a irmã de Joseph estava se controlando para não dizer nada que não devia na frente dos outros.
— Não. Claro que não. É que eu fiquei surpresa, só isso. Você não tinha me dito nada a respeito.
Ele deu um sorriso.
— É que nosso namoro é um tanto recente. — Virou-se para Demi. — Não é mesmo, querida?
Ela rezou para não ficar vermelha.
— É, sim.
— Aliás, Wilmer — continuou Joseph, dirigindo-se ao noivo. — Estou lhe devendo um sincero muito obrigado. Se você e Demi não tivessem terminado, eu não teria começado a namorá-la e jamais ficaria sabendo que mulher maravilhosa e fantástica ela realmente é. Veja só que engraçado. Todos esses anos de amizade e pensei que a conhecesse. Só que isso não era verdade. Ter uma amiga é uma coisa. Ter uma namorada é outra completamente diferente. E acho que ela pode dizer o mesmo a meu respeito. — Ele lhe deu um beijo no rosto. — Não é, meu amor?
Demi sentiu um friozinho na barriga. Joseph Jonas, chamando-a de meu amor? A vida vinha lhe pregando cada peça!
Mas o melhor de tudo era ver o ar apatetamento no rosto de Wilmer. Era como se seu ex-noivo não estivesse acreditando no que via e ouvia. Ela o conhecia muito bem. E sabia que ele estava morrendo de ciúme. Talvez a vingança fosse realmente um prato que se comesse frio.
Joseph parecia estar se divertindo com aquela história toda.
— Meu amigo, parece-me que sua noiva está à sua procura. É melhor ir falar com ela. Agora você vai ter de andar na linha, já que acaba de se transformar num homem sério. Acabaram-se as orgias e as noites de bebedeira, não é?
Assim que um atrapalhado Wilmer se afastou, Demi percebeu que ainda havia outro problema para enfrentar: Cléo. Joseph, como sempre, tomou novamente o controle da situação:
— Você viu, irmãzinha? Está tudo em ordem. Acho que se preocupou à toa, não é?
A moça deu um sorriso amarelo.
— Acho que não, Joseph. Ainda vejo problemas no horizonte. Bem, estou indo para a recepção. Até mais, pessoal.
E, dizendo isso, se afastou. Demi levantou uma sobrancelha.
— O que ela quis dizer com isso?
— Nada, nada. Cléo só está agindo como uma típica irmã. Acha que sabe tudo, quando na verdade não enxerga um palmo diante do nariz.
— Ela está achando que nós dois estamos namorando de verdade, não é?
— Sem dúvida.
— E quando pretende lhe contar que nós estamos fingindo?
Joseph deu um sorriso maroto.
— Vamos deixar para atravessar a ponte quando a alcançarmos, está bem?
Demi deu um suspiro desanimado.
— Essa é sua filosofia de vida, não é? Viver um dia de cada vez e deixar para lidar com os problemas quando eles aparecerem. Você não se preocupa com nada!
— Eu não diria isso. Mas a preocupação não muda situação alguma. Apenas ações construtivas o fazem. Bem, como está se sentindo?
Ela respirou fundo.
— Um pouco melhor.
— Ótimo. Está disposta a enfrentar a recepção?
— Claro que sim. Logo que tiver tomado três ou quatro doses de uísque.
— Beber não vai adiantar nada, Demi.
— Eu sei. Mas ajuda a fazer com que os problemas pareçam menores.
— Espero não ter de carregá-la para seu apartamento quando sairmos da festa...
— Você concordou em me trazer aqui hoje. E foi idéia sua fingirmos que estamos namorando. Agora, trate de aguentar as consequências.
— Hum... E que consequências seriam essas? Despi-la e colocá-la na cama? Devo confessar que acho essa idéia muito interessante!
Demi sabia que ele estava brincando. Não pôde, no entanto, deixar de ficar vermelha. E excitada também, se quisesse ser bem sincera consigo mesma.
— Pare de falar bobagens e vamos sair logo daqui, Joseph.
Ele tomou a mão dela nas suas.
— Como quiser, madame. A senhora manda. Ela fez uma careta.
— Você fala como se eu fosse uma megera.
Ambos foram caminhando juntos até a Ferrari estacionada ali adiante.
— Bem, eu não diria isso. Mas é que às vezes você tem atitudes de uma grande cabeça-dura, isso tem.
Demi lançou-lhe um olhar furioso.
— Por acaso está insinuando que não tenho nenhuma qualidade?
— Ora, é claro que não, longe de mim querer dizer tal coisa! Você tem inúmeros pontos a seu favor. É inteligente, culta, capaz.... e tem um corpo sensacional.
A conversa estava começando a se tornar perigosa.
— Guarde seus elogios baratos para suas amiguinhas, Joseph. Eu não pretendo cair em sua conversa mole.
Rindo, ele abriu a porta da Ferrari para que ela entrasse.


Continua...

Meninas, se eu demorar a postar é pq eu estou em semana de prova ta, e bom é o ultimo bimestre, tem que estudar né rs
Divulgação dos lindos blogs :
http://demimeuanjo.blogspot.com.br/ da Yasmin Lovato
http://jemieuteamodemaisblogspot.com.br /ou jemi- o protetor e esses dois da Rafaela Cardozo

4 comentários:

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