O riso desapareceu dos lábios
de Demi no momento em que Joseph estacionou a Ferrari em frente ao local da
cerimônia. Foi como se a realidade do que estava acontecendo finalmente a
tivesse atingido, deixando-a insegura e cheia de medos. Wilmer, o seu Wilmer, o
homem que fora seu companheiro durante dez anos, ia se casar. Com outra mulher.
Uma linda milionária, na verdade. Seria possível? Pressentindo alguma coisa, Joseph
virou-se para ela, um pouco preocupado.
— Demi? Você está se sentindo
bem?
Não. É claro que não estava. E
duvidava que fosse estar um dia.
— Estou. Não se preocupe
comigo.
A noiva estava atrasada, mas
todos os convidados já tinham entrado na igreja e ocupado seus lugares. Demi
aceitou o braço que Joseph lhe oferecia e juntos foram à procura de um banco
vago onde pudessem acomodar-se. Não parecia haver muitos disponíveis. Finalmente,
encontraram um lugar próximo ao altar. Demi teria preferido um banco mais
afastado, mas não havia nada que pudesse fazer a respeito.
Agora que estava ali, prestes
a testemunhar o pior acontecimento de sua vida, ela amaldiçoou o momento em que
resolvera ir àquele casamento. Por que não ficara em casa? Agora, porém, já era
muito tarde para aquele tipo de arrependimento.
Uma música suave começou a
tocar e o padre saiu da sacristia, seguido por Wilmer e dois padrinhos. Demi
olhou para o homem que havia amado durante todos aqueles anos e tentou vê-lo de
modo objetivo, pelo menos uma vez na vida, sem ser iludida e enganada por
velhos desejos e necessidades.
Bem, até que ele era bonitão,
ela precisava admitir. E tinha um corpo que não era de se jogar fora. Ao
contrário. Seus braços eram fortes e musculosos. Quantas e quantas vezes eles
estavam juntos no chuveiro, aí ele a segurava e...
Pare
com isso, ela ordenou a si mesma. Torturar-se desse jeito não vai levá-la a
lugar nenhum.
Talvez percebendo que alguém o
observava, Wilmer olhou em sua direção... e seus olhos se encontraram. Ele
pareceu surpreso ao vê-la e mais surpreso ainda quando viu quem segurava lhe o
braço.
Mas então o órgão começou a
tocar a Marcha Nupcial e Wilmer
voltou os olhos à nave central da igreja, onde a noiva envolta num sonho de
rendas brancas e de pérolas parecia flutuar em sua direção. Imediatamente,
sorriu para ela, um daqueles sorrisos que conseguiam fazer com que a alma de Demi
se derretesse por completo.
Só que ele nunca mais iria lhe
sorrir daquele jeito. Nunca mais.
Segurou o braço de Joseph com
mais força. Será que iria aguentar o que estava para acontecer? Ouvir Wilmer, o
seu Wilmer, prometer amor
eterno à outra mulher?
Oh, Deus...
— Se você quiser, podemos ir
embora — Joseph cochichou em seu ouvido.
Ela bem que ficou tentada. Mas
era impossível. Estava sentada num dos primeiros bancos da igreja e todo mundo
iria reparar em sua fuga.
— Não, obrigada. Vamos ficar.
Estranhamente, as coisas
melhoraram um pouco depois que a cerimônia começou. Era como se tudo aquilo não
fosse com ela, como se estivesse apenas assistindo a um filme na televisão. Não
piscou nem no momento em que Wilmer beijou a noiva. Então, o casal deixou a
igreja e foi receber os cumprimentos dos amigos lá fora.
— Vamos indo? — sugeriu Joseph.
— Vamos.
Foi só no momento em que deu o
primeiro passo, que Demi percebeu que suas pernas estavam bambas. Na verdade,
pareciam ter se transformado em gelatina. O braço forte de Joseph em sua cintura
acabou salvando a situação.
— Muito obrigada — ela
murmurou, sentindo que o mundo girava à sua volta. A sensação, no entanto, não
era de todo desagradável. — Eu nunca vou me esquecer disso. Você é um amigo e
tanto. Especial, mesmo.
Ele limitou-se a sorrir e a
conduziu para fora da igreja. Felizmente, os noivos estavam cercados por
dezenas de convidados. Demi ainda não se sentia pronta para o tão temido
confronto.
— Oi, Joseph.
A voz feminina vinda lá de
trás fez com que Demi se virasse e desse de cara com Cléo, a caçula da família Jonas,
muito bonita e elegante num vestido cinza que devia ter custado uma verdadeira
fortuna. Ambas já haviam se encontrado uma porção de vezes, na casa de Joseph,
ao longo de todos aqueles anos. Estranhamente, Demi sempre tivera a impressão
de que Cléo não gostava dela. O porquê daquilo, não fazia a mínima idéia.
— Oi, querida irmãzinha —
respondeu ele. — Estou surpreso em vê-la aqui. Não sabia que era assim tão
amiga do velho Wilmer.
— Eu sou uma das convidadas da
noiva — ela explicou, a voz um tanto fria. — Danni e eu fomos colegas de
colégio. — A moça então virou se para Demi. — Oi, tudo bem? Engraçado, mas eu
realmente jamais esperei encontrá-la aqui. Foi você quem a trouxe, Joseph?
Demi não gostou de tal
comentário. Nem Joseph, pelo estranho brilho que viu surgir em seus olhos.
— Algum motivo pelo qual eu
não devesse fazê-lo, Cléo?
— Duvido que Danni fique
satisfeita ao ver a ex de Wilmer em seu próprio casamento.
— Não seja ridícula. Demi foi
convidada. Ela e Wilmer terminaram tudo há meses.
Foi tudo tão rápido, que Demi
nem se deu conta do que tinha realmente acontecido. Num momento estava ali,
conversando com Joseph e sua irmã. No momento seguinte, estava olhando para o
ex-noivo, que fora se juntar ao trio.
— Ora, ora, olhem só quem está
aqui! Meus dois melhores amigos da faculdade! Que bom que vieram assistir ao
meu enforcamento! — Ele caiu na risada e virou-se para Demi. — E eu aqui
achando que você tinha me esquecido, garota travessa! Nem me mandou um
cartãozinho confirmando sua presença! Eu não fazia idéia de que você viria com Joseph.
Olhou-a de maneira apreciativa
e falou:
— Mas você está tão linda
hoje, que acho que vou perdoá-la. Agora, quanto a você, Joseph, não pretendo
ser assim tão generoso. Eu o convidei para minha festa de despedida de solteiro
e você nem apareceu! Modéstia à parte, foi uma festança! Espero sinceramente
que o motivo da sua ausência tenha valido a pena.
Demi ficou surpresa com a
súbita informação. Joseph não tinha lhe dito nada a respeito da despedida de
solteiro do ex-noivo.
— Pode apostar que valeu... — Joseph
deu um sorriso. — Eu já tinha confirmado com Demi que ia levá-la para jantar e
dançar num lugar bem badalado. Foi um programa e tanto, pode acreditar!
Agora, quem pareceu surpresa
de verdade foi Cléo Jonas. Virou-se para o irmão, claramente insatisfeita.
— Então quer dizer que você e Demi
estão mesmo namorando?
— Estamos — foi a resposta
rápida de Joseph. — Algum problema?
Demi percebeu que a irmã de Joseph
estava se controlando para não dizer nada que não devia na frente dos outros.
— Não. Claro que não. É que eu
fiquei surpresa, só isso. Você não tinha me dito nada a respeito.
Ele deu um sorriso.
— É que nosso namoro é um
tanto recente. — Virou-se para Demi. — Não é mesmo, querida?
Ela rezou para não ficar
vermelha.
— É, sim.
— Aliás, Wilmer — continuou Joseph,
dirigindo-se ao noivo. — Estou lhe devendo um sincero muito obrigado. Se você e
Demi não tivessem terminado, eu não teria começado a namorá-la e jamais ficaria
sabendo que mulher maravilhosa e fantástica ela realmente é. Veja só que
engraçado. Todos esses anos de amizade e pensei que a conhecesse. Só que isso
não era verdade. Ter uma amiga é uma coisa. Ter uma namorada é outra
completamente diferente. E acho que ela pode dizer o mesmo a meu respeito. —
Ele lhe deu um beijo no rosto. — Não é, meu amor?
Demi sentiu um friozinho na
barriga. Joseph Jonas, chamando-a de meu amor? A vida vinha lhe pregando cada
peça!
Mas o melhor de tudo era ver o
ar apatetamento no rosto de Wilmer. Era como se seu ex-noivo não estivesse
acreditando no que via e ouvia. Ela o conhecia muito bem. E sabia que ele
estava morrendo de ciúme. Talvez a vingança fosse realmente um prato que se
comesse frio.
Joseph parecia estar se divertindo
com aquela história toda.
— Meu amigo, parece-me que sua
noiva está à sua procura. É melhor ir falar com ela. Agora você vai ter de
andar na linha, já que acaba de se transformar num homem sério. Acabaram-se as
orgias e as noites de bebedeira, não é?
Assim que um atrapalhado Wilmer
se afastou, Demi percebeu que ainda havia outro problema para enfrentar: Cléo. Joseph,
como sempre, tomou novamente o controle da situação:
— Você viu, irmãzinha? Está
tudo em ordem. Acho que se preocupou à toa, não é?
A moça deu um sorriso amarelo.
— Acho que não, Joseph. Ainda
vejo problemas no horizonte. Bem, estou indo para a recepção. Até mais,
pessoal.
E, dizendo isso, se afastou. Demi
levantou uma sobrancelha.
— O que ela quis dizer com
isso?
— Nada, nada. Cléo só está
agindo como uma típica irmã. Acha que sabe tudo, quando na verdade não enxerga
um palmo diante do nariz.
— Ela está achando que nós
dois estamos namorando de verdade, não é?
— Sem dúvida.
— E quando pretende lhe contar
que nós estamos fingindo?
Joseph deu um sorriso maroto.
— Vamos deixar para atravessar
a ponte quando a alcançarmos, está bem?
Demi deu um suspiro
desanimado.
— Essa é sua filosofia de
vida, não é? Viver um dia de cada vez e deixar para lidar com os problemas
quando eles aparecerem. Você não se preocupa com nada!
— Eu não diria isso. Mas a
preocupação não muda situação alguma. Apenas ações construtivas o fazem. Bem,
como está se sentindo?
Ela respirou fundo.
— Um pouco melhor.
— Ótimo. Está disposta a
enfrentar a recepção?
— Claro que sim. Logo que
tiver tomado três ou quatro doses de uísque.
— Beber não vai adiantar nada,
Demi.
— Eu sei. Mas ajuda a fazer
com que os problemas pareçam menores.
— Espero não ter de carregá-la
para seu apartamento quando sairmos da festa...
— Você concordou em me trazer
aqui hoje. E foi idéia sua fingirmos
que estamos namorando. Agora, trate de aguentar as consequências.
— Hum... E que consequências
seriam essas? Despi-la e colocá-la na cama? Devo confessar que acho essa idéia
muito interessante!
Demi sabia que ele estava
brincando. Não pôde, no entanto, deixar de ficar vermelha. E excitada também,
se quisesse ser bem sincera consigo mesma.
— Pare de falar bobagens e
vamos sair logo daqui, Joseph.
Ele tomou a mão dela nas suas.
— Como quiser, madame. A senhora
manda. Ela fez uma careta.
— Você fala como se eu fosse
uma megera.
Ambos foram caminhando juntos
até a Ferrari estacionada ali adiante.
— Bem, eu não diria isso. Mas
é que às vezes você tem atitudes de uma grande cabeça-dura, isso tem.
Demi lançou-lhe um olhar
furioso.
— Por acaso está insinuando
que não tenho nenhuma qualidade?
— Ora, é claro que não, longe
de mim querer dizer tal coisa! Você tem inúmeros pontos a seu favor. É
inteligente, culta, capaz.... e tem um corpo sensacional.
A conversa estava começando a
se tornar perigosa.
— Guarde seus elogios baratos
para suas amiguinhas, Joseph. Eu não pretendo cair em sua conversa mole.
Rindo, ele abriu a porta da
Ferrari para que ela entrasse.
Meninas, se eu demorar a postar é pq eu estou em semana de prova ta, e bom é o ultimo bimestre, tem que estudar né rs
Divulgação dos lindos blogs :
http://demimeuanjo.blogspot.com.br/ da Yasmin Lovato
http://jemieuteamodemaisblogspot.com.br /ou jemi- o protetor e esses dois da Rafaela Cardozo
ta perfeito.
ResponderExcluirbrigada flor por devulgar meu blog bjosss
de nada amor, posteii ;)
ExcluirTa liiindo posta mais ;)
ResponderExcluirposteiiii amor ;)
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