domingo, 24 de novembro de 2013

CAPÍTULO VII

O quarto de Demi era espaçoso, apesar da enorme cama de casal que dominava o ambiente. A cabeceira dourada era uma aquisição nova, uma surpresa que havia pretendido fazer a Wilmer quando ele voltasse para casa.
Bem, seu ex-noivo não iria ficar nem um pouco surpreso, porque não ia voltar nunca mais. Quem iria se surpreender era o próprio Joseph, com a notícia que estava prestes a lhe dar.
Ela estava apavorada.
Tão apavorada, que talvez fosse melhor desistir de toda aquela loucura e esquecer que um dia aquilo tivesse acontecido.
Joseph a deitara na cama agora e sentava-se ao seu lado. O momento apropriado para acabar com aquela farsa de uma vez por todas.
— Eu... eu... acho que ainda estou um pouco bêbada. Quero dizer, talvez seja melhor deixarmos isso para outro dia e...
Ele, porém, não parecia nem um pouco inclinado em ouvir sua sugestão.
— Tarde demais, minha querida. Tarde demais.
Então o inevitável estava mesmo prestes a acontecer. Ia fazer amor com Joseph Jonas. Seria possível?
Ele abriu seu robe de maneira delicada e beijou- lhe os lábios com tanto carinho, que ela sentiu um nó na garganta.
— Você não sabe o quanto eu sonhei com esse momento, Demi. Meu Deus, como seu corpo é lindo!
Naquele momento, todos os seus medos e inseguranças desapareceram. Não importava o que fosse acontecer no futuro, desde que ele continuasse a beijá-la e a tratá-la com tanto carinho. Joseph estava fazendo com que ela se sentisse bonita, especial e desejada. Era tudo que ela precisava aquela noite. Um lindo sorriso iluminou seu rosto, mostrando que havia se entregado totalmente ao momento presente.
— Que bom — ele murmurou em seu ouvido. — Você está mais relaxada...
Os beijos continuaram. Na testa, nas pálpebras, no nariz, no queixo e novamente na boca. A intensidade, porém, mudou por completo. Em lugar do carinho, veio o ardor. Em vez da suavidade, a paixão. Joseph fazia coisas tão incríveis em sua boca, que ela sentiu que estava prestes a pegar fogo.
Exatamente como ele.
Ela sentiu então que seus lábios desciam, tocando-lhe o pescoço, os ombros e os seios. O quarto começou a girar à sua volta. Nunca havia sentido tanto prazer na vida. Nem tamanha excitação. Era uma sensação diferente, não à vontade de agradar, mas sim de ser agradada.
Os lábios de Joseph passeavam com leveza por seu corpo, explorando a pele macia, explorou seu ventre e naquele momento pareciam prestes a...
— Não! — ela exclamou tentando se esquivar dele, ao tomar consciência do que ia acontecer.
Ele olhou para ela, surpreso e confuso.
— O que foi, Demi? Você não gosta disso?
Se ela gostava? Como poderia saber, se nunca tinha experimentado?
Ficou vermelha como um pimentão.
— Eu... eu... não sei. Wilmer não... Ele não gostava...
Tal declaração não correspondia exatamente à verdade. Não era que seu ex-noivo não gostava de sexo oral. Ele simplesmente detestava. Então Demi resolvera esquecer o assunto. Ela só havia vivido a experiência em suas mais loucas fantasias. Mas sonho era sonho e realidade era realidade. Não dava para misturar as coisas.
— Bem, eu não sou Wilmer — comentou Joseph, com um sorriso nos lábios. — E acontece que adoro fazer isso. Pensei que você também gostasse... Não quer ao menos tentar? Se não gostar, eu juro que paro na hora. Combinado?
Demi sentiu um friozinho na barriga. Seria possível que tudo aquilo estivesse mesmo acontecendo? Primeiro, o casamento de Wilmer com alguém que, obviamente, não era ela. Depois, a tempestuosa decisão de ir para a cama com Joseph. E agora...
— C... combinado.
— Ótimo.
Ele abaixou a cabeça e continuou a fazer o que tinha começado.
Nem que vivesse por mais mil anos, Demi teria condições de descrever o que se seguiu. Como captar com palavras a variedade e a complexidade das sensações sentidas? Será que o negócio era puramente físico ou haveria alguma espécie de necessidade emocional dentro dela que precisava ser satisfeita aquela noite? Impossível de saber ao certo. Só tinha certeza de uma coisa. Joseph havia lhe despertado um lado que nem sabia que existia. Sob suas carícias ousadas e provocantes, ela se tornara uma nova Demi, uma fêmea no cio, pronta para viver as mais loucas aventuras. Gemeu, gritou, soltou-se de uma maneira como nunca tinha feito na vida. O orgasmo delirante não a satisfez. Ao contrário. Deixou-a ainda mais acesa, mais ansiosa pelo amor de Joseph. Ele se afastou dela, despiu-se rapidamente e tirou um preservativo do bolso. Demi mal podia esperar pela penetração, sabendo que aí e só aí se sentiria satisfeita de verdade, a carne dele preenchendo a sua, fazendo-a sentir-se inteira de novo.
Então, corpos, corações e almas unidas, Joseph e Demi iniciaram sua viagem rumo ao paraíso.

         — Vamos, acorde, Bela Adormecida...
Demi cobriu a cabeça com o lençol, recusando-se a atender ao chamado. Não queria acordar de jeito nenhum. Aquela cama estava tão gostosa...
— Me deixe em paz, Joseph — ela murmurou, no exato instante que uma campainha soava em sua mente, dissipando a névoa que parecia envolver seu cérebro.
Joseph?
A realidade então a atingiu em cheio, cenas da noite anterior passando-lhe diante dos olhos com uma nitidez impressionante. Tinha feito amor com Joseph Jonas. Havia se entregado a ele como um animal no cio. Fizera coisas que jamais pensara em fazer com quem quer que fosse.
Oh, Deus!
— Já é quase meio-dia — continuou ele, sua voz soando muito próxima ao ouvido dela. — Temos um dia glorioso pela frente!
Demi desejou que a Terra se abrisse e pudesse engoli-la para todo o sempre. Fechou os olhos com força e rezou por salvação. Mas aquilo não era cinema e a Sétima Cavalaria não ia chegar no último minuto a fim de resgatá-la. Tinha de enfrentar a situação, por mais difícil que ela fosse.
Lentamente, descobriu a cabeça e abriu um olho. Conforme previa, Joseph estava ali, a seu lado, encarando-a com um sorriso malicioso nos lábios. Morta de vergonha, olhou para o lado... e arrependeu-se amargamente da decisão tomada. É que seu olhar pousou em cima da mesinha-de-cabeceira, onde uma embalagem vazia de preservativos lhe mostrava que nada do que havia acontecido fora imaginação sua.
Sim. Tudo aquilo realmente acontecera. A primeira vez havia sido fantástica. A segunda, melhor ainda. A terceira, então... Que coisa incrível! Dez anos ao lado de Wilmer e ela nem sabia que aquela posição existia. E que posição...
Fechou o único olho que tinha aberto. O que será que tinha na cabeça? Como tivera coragem de deixar que Joseph fizesse todas aquelas coisas em seu corpo? Era evidente que ela não o amava. E a recíproca era verdadeira. O que acontecera não tivera nada a ver com amor, mas sim com sexo, sexo em sua forma mais primitiva e selvagem. Luxúria, desejo, paixão... não amor.
Mas mesmo assim, havia sido inacreditável!
Reprimiu um gemido. Que coisa estranha! Ela sempre achara que precisaria sentir amor para gostar de sexo! E, embora tivesse amado Wilmer durante todos aqueles anos, o ato sexual com ele nunca tinha sido tão bom.
— Vamos, acorde, não finja que está dormindo. — Joseph parecia um pouco mais sério agora. — Sei que pode estar tendo problemas com a síndrome do dia seguinte, mas posso lhe assegurar que é uma incrível perda de tempo. Duvido que Wilmer esteja em seu leito nupcial à uma hora dessas, se arrependendo de ter se casado com Danni Baker e dirigindo-lhe um único pensamento.
Demi ficou ali, parada durante alguns instantes, analisando as palavras de Joseph com uma certa surpresa. Wilmer?
Não, ela não estava pensando nele. A não ser para compará-lo ao homem que estava agora a seu lado.
Com toda a honestidade, ela não estava nem um pouco interessada no que seu ex-noivo poderia estar pensando naquele momento. Seu único problema era arranjar coragem para enfrentar Joseph e tentar descobrir o que ele estaria achando daquilo tudo. Porque, sinceramente, ela não fazia idéia!
Abriu os olhos, tentando manter a calma e encarar a situação com naturalidade. Tarefa um pouco complicada, já que a visão de Joseph, vestindo um robe de Wilmer e parecendo um autêntico deus grego já era o suficiente para deixá-la completamente atordoada. Ele havia feito cada coisa em seu corpo... E ela permitira!
Joseph a havia deixado tão louca, que Demi teria se pendurado no lustre, se ele tivesse pedido. Só fora às cinco da manhã que, exausta e saciada, caíra num sonho profundo. Agora, porém, ela não se sentia nem uma coisa, nem outra.
Sentiu um friozinho na barriga ao constatar tal fato. Mas o que estava acontecendo com ela? Teria se transformado numa autêntica sexomaníaca?
Demi sempre fora uma mulher batalhadora, até um pouco obsessiva em determinados aspectos da vida. Mas a última coisa que queria agora era qualquer forma de obsessão no que dissesse respeito a sexo, ou ao próprio Joseph.
Estava cansada de saber como ele agia quando o assunto eram mulheres. Passara aqueles últimos dez anos observando centenas de garotas irem e virem com uma facilidade espantosa, na vida dele. Como a maioria dos homens muito inteligentes, Joseph precisava de novos desafios para manter seu interesse tanto em negócios, quanto nas pessoas.
Adorava ser bem-sucedido onde os outros tinham falhado. Aliás, aquele era seu lema de vida.
Agora, Demi lembrava-se daquilo que ele tinha dito na noite anterior, a respeito de sua vontade de levá-la para a cama há muito tempo. Naquela hora, ela havia se sentido feliz e lisonjeada. Tanta felicidade agora, porém, parecia um pouco fora de propósito. Durante todos aqueles anos, ela fora à única mulher em toda a Austrália que não havia se jogado a seus pés. E se ele só a tivesse encarado como uma espécie de desfio? Sua alma foi invadida por uma porção de sentimentos confusos e conflitantes. Recusava-se a ser mais uma das conquistas do grande playboy Joseph Jonas!
Ele a encarou de uma forma meio estranha.
— Ah, não senhora!
Demi franziu a testa.
— Não senhora, o quê?
— Você está se preparando para uma briga. Posso ler isso nos seus olhos. Mas desista, minha querida. Não estou com a mínima vontade de brigar. Não agora. Sabe o que pretendo fazer? Satisfazer todos os seus desejos e vontades, para que não tenha absolutamente nada a reclamar durante o dia inteiro. Estou às suas ordens. Você manda e eu obedeço. Que tal?
Bem que Demi queria ficar brava com ele. Mas era algo impossível.
Além disso, uma briga agora só iria servir para deixá-la ainda mais estressada e ela já estava tendo problemas em conter seus próprios nervos... e suas próprias vontades. Os cabelos de Joseph ainda estavam molhados, o que significava que tinha acabado de tomar um banho. Isso queria dizer que, por baixo daquele roupão, sua pele ainda devia estar úmida e apetitosa, esperando por beijos e carícias. Que vontade de acariciar cada pedacinho daquele corpo firme e musculoso, então abaixar a cabeça e...
— Demi? Está se sentindo bem?
Era Joseph que a observava com olhos cheios de preocupação. Ela engoliu em seco. Era melhor parar com aqueles pensamentos indecentes o quanto antes.
— E claro que estou, Joseph. E acho que tem toda a razão. Já está na hora de sair desta cama!
Levantou-se rapidamente e, abrindo o armário, apanhou o primeiro robe que viu na frente. Não queria ficar nua diante dos olhos dele um minuto a mais do que o necessário.
Ele observou-a se vestir.
— O que pretende fazer agora?
— Eu... acho que vou tomar um banho.
— Você quer que eu prepare alguma coisa para o café da manhã? — perguntou ele, antes que ela pudesse fugir do quarto. — Estou morrendo de fome. Excesso de atividade física, você entende. Ela viu muita malícia em sua voz. Oh, Deus, no que será que ele estava pensando agora? Ou se lembrando? Ou querendo? Ou esperando?
— P... pode preparar o que quiser, Joseph. Sinta-se como se estivesse em sua própria casa.
Ela já estava na porta do quarto, quando o som da voz dele se fez soar novamente:
— Fugir não vai adiantar nada, Michele. Aconteceu. E foi maravilhoso.
Claro. Tinha sido mesmo maravilhoso. Mais do que isso, até. Fora sensacional, fantástico, glorioso, mágico. Mas não pretendia confirmar o fato a Joseph. O ego dele já era grande o bastante sem mais aquele elogio adicional.
Virou-se para ele lentamente.
— É verdade. Aconteceu. Só que eu não estou fugindo. Pretendo apenas tomar um banho. Algum problema?
— Mas, e depois do banho?
— Vamos tomar nosso café da manhã.
— E depois?
— Depois você vai se vestir, voltar para sua casa... e tudo ficará como era antes. Certo?
— Errado.
— E... errado?
Ele deu um passo à frente.
— Não podemos voltar a fingir que somos amigos e ignorar a enorme atração física que sempre existiu entre nós. Eu tive a prova ontem à noite, Demi. Você me quer. Como eu sempre te quis. Eu lhe disse isso e estava falando sério!
Ela respirou fundo. Estava uma pilha de nervos.
— Por quê, Joseph? Ele deu de ombros.
— E quem é que pode explicar o que existe por trás da química entre um homem e uma mulher? Eu sempre a achei incrivelmente sensual e tinha certeza absoluta de que era um verdadeiro furacão na cama. E estava certo, não estava?
Ela sentiu o coração disparar.
— Eu... eu... não sabia que era assim tão boa na coisa.
Joseph deu mais um passo à frente e, estendendo a mão, tocou-lhe os cabelos. Foi o suficiente para que o desejo voltasse a atormentá-la com uma força assustadora.
Como sempre, Joseph estava coberto de razão. Ela era um furacão na cama. Por obra dele.
— Não podemos voltar a ser o que éramos antes — continuou ele, enlaçando-lhe a cintura. — O que aconteceu ontem à noite não foi apenas uma aventura e você sabe disso. Quero continuar esse relacionamento. Quero sair com você, quero levá-la para jantar, para dançar, e por que não dizer, quero levá-la pra cama outras vezes. Pretendo trazer a alegria de volta à sua vida. Riso e alegria. Que tal?
— Riso e alegria? — Michele repetiu, como se não tivesse entendido direito.
— Claro. Você se lembra o que são essas coisas?
— Eu... eu...
— Acho que não se lembra. O velho Wilmer deve ter sugado todos os sentimentos de felicidade de sua alma. Ah, mas não se preocupe. Você vai ter tudo de volta ou não me chamo Joseph Jonas!
Demi olhou para ele. Bem, namorar aquele homem até que ia ser mesmo muito divertido. Desde que, é claro, não houvesse um grande envolvimento emocional. Porque, tão certo quanto a noite depois do dia, o relacionamento ia chegar ao fim dentro de algum tempo. Todo mundo sabia que os namoros de Joseph Jonas não duravam mais do que um ou dois meses. Então ele perdia o interesse e ia atrás de novos desafios.
Sim. O negócio todo podia mesmo ser muito divertido. Desde que não perdesse a cabeça e começasse a criar fantasias e expectativas sem sentido.
— Então, querida Demi, você quer ser minha namorada? Aquilo tudo era tão incrível, que era mais provável que estivesse sonhando.
— É... eu quero — ela ouviu sua própria voz responder.
— Ótimo. Isso merece uma comemoração.
— C... comemoração? Que tipo de comemoração?
Ele a tomou nos braços e levou-a de volta pra cama.
— Já vou lhe mostrar.


Continua...
Comentem bastante, que posto mais um hoje ;)

20 comentários:

  1. mais um???? oh!!!! q td !!!!! posta!!!!

    ResponderExcluir
  2. simplesmente apaixonante!

    ResponderExcluir
  3. D++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  4. posta logo ..pleaseeeeeeeeeeeee!!!!!

    ResponderExcluir
  5. garota tu conseguiu me surpreender ...manter essa tensão constante numa hist é p poucas .....parabens ....tu tens talento !!!!!!

    ResponderExcluir
  6. postaaaaaaaaaa logoooooooooooooooooooooo!!!!!!!

    ResponderExcluir
  7. sua hist é baseada em algum livro ???????? tá demais!!!!

    ResponderExcluir
  8. esperando o prox...... ainda hj néh?!

    ResponderExcluir
  9. que tal +2 hj hein????!!!! seria o máximoooooo!!!!!!!

    ResponderExcluir
  10. :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :) :)

    ResponderExcluir
  11. contra proposta ....se posta + comentamos mais .....que tal?????? vou precisar convocar algumas amigas??????? kkkkkkk

    ResponderExcluir

Me deixe feliz com o seu comentário, espero que tenham gostado... Kisses s2