A mansão dos Jonas ficava
situada no melhor bairro da cidade, uma imponente construção de pedra cercada
por um jardim enorme, que mais parecia um bosque. Nos fundos, além da piscina e
da quadra de tênis, havia também um campo de golfe onde o Sr. Jonas treinava
nos finais de semana. Era a casa mais chique que Demi já entrara na vida.
Joseph dirigiu-se diretamente
pra a garagem coberta com vagas para dez carros e estacionou entre um BMW azul
e um Mazda vermelho.
— O carro de Cléo? — perguntou
Demi, apontando para um Aston Martin prateado mais adiante. A porta estava toda
amassada.
— Exatamente. Eu nunca deixo
minha Ferrari perto dele. Aquela garota dirige como uma lunática!
Ela deu um sorriso.
— Conheço alguém que é
igualzinho.
— Ora, Demi, quer parar de
implicar comigo? Não percebeu o quanto tenho mudado ultimamente? Não recebi uma
única multa por excesso de velocidade nesse mês!
Ela abriu a porta e desceu do
carro.
— Meus parabéns!
Foram caminhando de mãos dadas
até a entrada principal da mansão. O desejo que ambos haviam sentido no
apartamento de Demi não fora satisfeito com o rápido ato sexual acontecido ali
mesmo, na sala. Ao contrário. Só servira para deixá-los ainda mais acesos e
famintos.
Joseph percebeu que não estava
mais conseguindo se controlar. E, antes de abrir a imponente porta de carvalho
da frente, tomou Demi nos braços e a beijou com todo o ardor que havia dentro
dele.
Foi uma experiência
fantástica. Demi agarrou-se a ele com mais força, colocando o corpo contra seu
peito forte e musculoso, sentindo coisas que nem sabia que existia. E ela que
pensava que já tinha experimentado as sensações mais gloriosas do mundo ao lado
de Joseph! Que nada. Pelo visto, seus dias de aprendizado estavam apenas
começando. Ele a beijava com uma fúria animal que ia muito além de um simples
desejo físico, atiçando-lhe os sentidos de uma forma inacreditável. Eram duas
pessoas, mas naquele instante, pela estranha magia do amor, seus corpos haviam
se fundido num só.
— Posso saber o que está
havendo por aqui?
Demi teria fechado os olhos ao
ouvir o som daquela voz... se eles já não estivessem daquela maneira.
Perversamente, porém, quis o destino que tivesse de abri-los.
Cléo estava em frente à porta
aberta, as mãos na cintura, uma expressão de poucos amigos no rosto. E, quando
falou, o fez com a voz gelada:
— Eu sinto muito interromper
essa comovente cena de amor, meu irmãozinho querido, mas mamãe me mandou
verificar por que motivo vocês estavam demorando tanto. Devo lhe dizer que
ainda vão demorar mais um pouquinho?
Demi quis que o chão se
abrisse e que pudesse engoli-la. Nunca havia sentido tanta vergonha na vida!
Joseph, porém, reagiu de forma bem diferente.
— Não seja hipócrita, Cléo. Eu
mesmo já peguei você em situações bem mais constrangedoras. — Virou-se para
Demi e lhe deu um beijo no rosto. — Não ligue para ela, doçura. Minha querida
irmãzinha adora se meter onde não é chamada. Bem, vamos entrar?
Cléo, porém, impediu sua
passagem.
— Não! Demi não pode ver
nossos pais desse jeito!
— Como não? — reclamou Joseph.
— Ela está maravilhosa!
— Pode ser. Mas, e este batom
todo borrado? Vai dar muito na vista!
Demi levou a mão à boca,
sentindo-se ainda mais envergonhada. Estranho como ser pega em flagrante
causava a mesma sensação aos trinta ou aos dezessete anos. Joseph estudou o
rosto dela.
— Nossa, é mesmo. Eu nem tinha
reparado. E agora?
— Eu posso dar um jeito nisso
— a própria Cléo ofereceu, a voz cheia de impaciência. — Um bom creme de
limpeza e alguns retoques na maquiagem darão conta do recado. Vamos, Demi,
venha comigo. Quanto a você, Joseph, devo dizer que também está com a boca um
pouco rosada. Dê uma passadinha no toalete antes de entrar na sala, depois
trate de ir salvar o pobre Hugh. O coitado está nervoso até dizer chega!
Momentos depois, Demi acompanhava
Cléo através de um corredor lateral que levava aos quartos.
— Quem é o pobre Hugh?
— Meu namorado. O homem com o
qual eu estava pensando em me casar. Só que agora não estou assim tão certa
depois do triste espetáculo que ele está dando essa noite.
— Triste espetáculo?
— Sim. Não há nada que me
desanime mais do que um namorado que se intimide na frente dos meus pais. Ele
começou a suar frio só porque minha mãe fez uma pergunta a respeito de seu
trabalho. — Ela abriu uma porta. — Chegamos.
O quarto de Cléo Jonas era
completamente diferente do que Demi tinha imaginado. Bem, ele era enorme. Seu
apartamento inteiro cabia ali dentro. Tirando o tamanho, porém, imaginação e
realidade eram estranhas. Em vez de luxo e sofisticação, laços de fitas
cor-de-rosa e cortinas de florzinhas. Realmente, uma grande surpresa.
— Já sei o que está pensando —
disse a dona do quarto, percebendo o espanto no rosto de Demi. — É tudo
horrível, não é? Minha mãe o decorou pessoalmente quando eu tinha dez anos de
idade. Eu estava de férias, num acampamento de verão com o pessoal do colégio
e, quando voltei, levei o maior susto da minha vida. Acho que fiquei em estado
de choque. Bem, é claro que nunca tive coragem de lhe contar a verdade. Ela me
disse que esse era o tipo de quarto que ela sempre sonhara em ter quando
criança, mas nunca pudera ter. Então eu a abracei e disse que tinha adorado.
Hoje em dia, não troco essa mobília por nada desse mundo. Esse lugar fala da
minha infância, que foi um verdadeiro conto de fadas.
Demi mal conseguia acreditar
no que ouvia. Nunca imaginava que a tão esnobe Cléo pudesse assumir uma
expressão tão doce ao falar da mãe e de sua própria vida.
A doçura, porém, teve curta
duração. Percebendo que era olhada de uma maneira meio estranha, seu rosto endureceu
de novo.
— Bem, já que estamos aqui
sozinhas, gostaria de lhe falar uma coisa.
Demi levantou uma sobrancelha,
pressentindo problemas graves.
— Sim?
— Joseph me falou de maneira
clara e objetiva para que eu não me metesse na vida de vocês de jeito nenhum,
mas mesmo assim gostaria de lhe dizer que, se machucar meu irmão, eu... eu...
— Machucar Joseph? —
interrompeu Demi surpresa com o aviso e mais do que um pouco brava. — Será que
você ouviu bem o que falou? Não sei não, mas me parece que está invertendo a
situação. Joseph é o playboy da história. Não eu. Se alguém for dar o fora em
alguém, esse alguém é ele!
Cléo fez uma careta.
— Duvido muito.
— Como assim, você duvida
muito?
— Nada, nada. Esqueça o que eu
lhe disse, está bem? — Ela abriu a porta do enorme banheiro e começou a
escolher os cremes necessários. — Acho que já abri a boca mais do que devia.
Demi a seguiu.
— Está coberta de razão. Você
falou demais. O meu relacionamento com seu irmão não diz respeito a mais
ninguém, como ele mesmo tão bem salientou. Mas já que o assunto foi iniciado,
também tenho uma perguntinha a lhe fazer. Por que não gosta de mim? Não adianta
disfarçar, porque eu sei que não gosta mesmo. Desde a época que eu era namorada
de Wilmer.
Cléo virou-se para ela um
pouco assustada, com um vidro de creme nas mãos.
— Você quer mesmo saber?
— Sim, eu quero mesmo saber.
Cléo recostou-se na pia de mármore.
— Bem, você sempre me pareceu
uma moça muito segura de si, muito confiante no próprio talento... Aparecia nas
festas de nariz meio empinado, sempre vestida de qualquer jeito... Mas agora
parece que as coisas mudaram, não é? Reconheço perfeitamente um Valentino
quando vejo um. Isso sem mencionar os cabelos e a maquiagem... Ao que parece,
seu plano de ação está mudando, não é?
— Meu... plano de ação?
— Ora, não tente bancar a
inocente comigo. Você é uma mulher muito inteligente. Sabe do que estou
falando. Decidiu fisgar Joseph, não é? Só não consegui descobrir se está
fazendo isso por pura ambição, por causa do nosso dinheiro, ou apenas para se
vingar de seu querido ex-noivo Wilmer, porque ele a trocou por Danielle Baker.
O queixo de Demi caiu. Jamais
havia esperado ouvir tanto desaforo de uma só vez.
— Pelo amor de Deus, o que
você ganha me insultando desse jeito? Fique sabendo que, quando eu me casar,
vai ser apenas por amor a meu futuro marido e não por vingança ou por
interesse. Garotas ricas e fúteis como você podem se casar por esse tipo de
motivo, mas eu não! Olhe, pode esquecer essa droga de maquiagem. Estou dando o
fora daqui agora mesmo!
O pânico fez com que todos os
traços de animosidade desaparecessem do rosto de Cléo.
— Não, não vá embora, por
favor. Joseph vai me matar!
— Então você acabou de se
meter num enorme problema porque, se eu não sair daqui agora mesmo, quem vai
matá-la sou eu! Agora, se quiser que eu fique, sugiro que se desculpe com
profusão e prometa que será muito, muito gentil até o final da noite!
Os olhos azuis de Cléo
mostraram uma porção de emoções indefinidas, antes de finalmente aceitar a
derrota.
— Você tem razão. Eu... sinto
muito. Falei uma porção de bobagens. Mas é que...
— Continue.
— Não, não é nada. Bem, vamos
arrumar logo este batom borrado antes que as pessoas comecem a estranhar a
nossa ausência. — Cléo apanhou o creme e um pedaço de algodão e começou a fazer
o serviço. — Não sei o que Joseph tem na cabeça para lhe dar um beijo desses,
momentos antes de apresentá-la a nossos pais.
— Bem, tenha certeza de que o
amor não entra nessa história. Como vê, você está se preocupando a troco de
nada. Sinceramente, pensei que conhecesse melhor seu irmãozinho. Não importa o
que pense a meu respeito, o casamento não está nos planos de Joseph. Tudo o que
ele quer de mim é o que você viu agora há pouco. Como eu já lhe disse, se
alguém sair machucado dessa história maluca, esse alguém será eu, e não Joseph.
Cléo a encarou com certa
desconfiança.
— Por acaso está dizendo
que... gosta mesmo dele?
— Mais do que devia. Mas por
favor, fique de boca fechada.
— Mas... por que? Por que não
lhe diz isso? Demi caiu na risada.
— Ora, Cléo, porque amor é a última coisa que Joseph quer na
vida. Será que nunca se deu conta do fato? Bem, vamos andar logo com isso,
antes que alguém apareça por aqui.
Continua...
Amores não posso fazer uma maratona, porque a fic já esta acabando, e estou adaptando a outra história ;)
Comentem !!!!
Posta logo
ResponderExcluirhoje eu posto ;)
ExcluirPeeerfeito! Posta mais
ResponderExcluirhj eu posto ;)
ExcluirPerfeito,cada capítulo melhor do que o outro e buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa porque não vai ter maratona
ResponderExcluirkkkkkkkk ah obg ;) hj eu posto
ExcluirTD BEM QTO A A MARATONA ,MAS VC VAI POSTAR DIARIAMENTE ATÉ TERMINAR ESSA FIC??? É Q A ANSIEDADE EM LÊ-LA TEM TOMADO CONTA DE MIM KKKKKK.......REALMENTE ESPERO Q POSTE AMANHÃ....LINDA HIST .....ME CATIVOU ....É ESPONTANEA .DOCE ,INTENSA ,DINAMICA TOTALMENTE ENVOLVENTE ......OBRIGADA POR ESCREVÊ-LA E POSTÁ-LA TEM SIDO UM PRAZER LÊ-LA BJS
ResponderExcluirawwwnnnnn, hj eu posto ta ;)
Excluirlindooooooooooooooooooooooo !!!!!
ResponderExcluirawnnnnn obg !!!!!!!!!!!!!!!!!!
ExcluirPosta por favor!!!
ResponderExcluirNão vai mais postar???? Por favor poste please :3
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